Resenha: Midgard - Verdugos

Por: Guilherme Formaggio 

Taboão da Serra - SP

02/11/2024




 A Midgard é uma banda Heavy/Doom/Stoner da cidade de Bauru do interior de São Paulo, formada em 1999 ao qual teve o seu primeiro álbum "From Ashes" lançado em 2005 pelo selo Force Majeure Records com a produção de Alex Voorhees (Imago Mortis).

 Banda esteve em hiato desde o fim de suas atividades em 2008, retornando ao cenário do metal em 2021.  De lá pra cá a banda passou por algumas reformulações em sua formação, mantendo apenas dois membros da formação original, o vocalista e agora também baixista F.L.Y. e o guitarrista Omar Rezende, a vocalista Paula Jabur, o baterista Júlio "Tio Chico" Della Togna e o tecladista que entrou recentemente Miño Manzan.




 Em 2001 a banda fez o show de abertura para o Helloween na The Dark Ride Tour na cidade de Catanduva em SP.

 Recentemente, no dia 03 de julho deste ano (2024), eles realizaram o show de abertura na primeira turnê latino-americana da banda holandesa Cobra Spell em sua cidade, Bauru.


 O lançamento do segundo álbum de estúdio, Verdugos, ocorreu hoje, no dia 02 de novembro de 2024,  durante o feriado de finados, sob o selo da Som do Darma, foi gravado em Bauru no Mr. Rec Vintage, com a produção de Amauri Muniz e a mixagem e masterização por Caio Costanzo e com a arte de capa desenvolvida pelo renomado Jean Michel da Designation Artworks, ao qual já trabalhou com bandas como Queensrych, Vixen e Lynch Mob.


 A festa de lançamento do disco ocorreu na noite do dia anterior na Woodstock, loja do grande Walcir Chalas, ao qual tive a honra de participar a convite dos meus ilustres amigos Eliton Tomasi e Susi Bomb da Som do Darma. 




 Seu lançamento traz um significado enorme para a banda, pois ele havia sido idealizado no passado durante uma época em que a banda estava em ascensão, mas que infelizmente os membros da banda estavam em uma outra sintonia, apesar do crescente sucesso da banda após o lançamento de seu primeiro disco.


"Another Day" faixa que abre o disco, é uma música bastante cadenciada, possui um ritmo bastante gostoso de ouvir, com uma bateria bem demarcada e riffs guitarra bem leves. a música começa com alguns dedilhados e acordes suaves, Destaque para os vocais de F.L.Y. que traz uma interpretação muito boa da melodia com vocais limpos. 


"Last Sanctuary" segunda faixa do álbum, também possui um ritmo bem cadenciado, destaque para os belos vocais de Paula Jabur e F.L.Y que ressonam em conjunto de forma magistral, os guturais de F.L.Y são uma adição a música que casam bastante com a bateria pesada e os teclados de Miño.


"Pearls to the PIgs" é uma regravação de um single que a banda lançou originalmente em 1999.Aqui a música ganhou uma nova roupagem com o excelente vocal de Paula Jabur que contrasta muito bem com os vocais e guturais do F.L.Y destaque para o belo trabalho com os teclados que dão um toque a mais a essa nova interpretação.


"Midnight Rainbow" foi relançada em 2022 como single, pois a música fez parte da demo Lamúria, lançada originalmente em 2001, possui uma intro com um groove de baixo pesado e uma bateria bem demarcada no pedal duplo, além dos solos e riffs duros de guitarra de Omar com destaque novamente para os vocais de F.L.Y.


"Psy-Code-Hellika" música bastante cadenciada, brinca bastante com o lado psicodélico da banda, com destaque nos belos trabalhos da bateria de Júlio e os teclados de Miño que criam uma atmosfera bastante vampiresca.


"Nocturnal Storm" possui uma intro bastante arrebatadora, com riffs duros de guitarra e uma levada pesada de bateria. Destaque para os belos solos de guitarra de Omar.


"Crying at the Party" também foi lançado em 2022 como um single nas plataformas digitais, possui um ritmo bem dançante, com destaques nos vocais e nos riffs contagiantes de guitarra e uma bateria bastante cadenciada.


"Silent Song" possui uma intro arrebatadora com riffs duros de guitarra e um trabalho incrível de teclado, destaque para a bateria com ritmo cadenciado no cymbal e no bumbo.


"Wild Walkers" faixa que encerra o disco, possui uma introdução acústica bastante agradável com dedilhados de violão, a música possui um ritmo lento com riffs duros de guitarra com destaque para o back vocal de Paula Jabur e para os belos trabalhos com os teclados.


Considerações Finais


 O disco traz uma simbologia bastante forte principalmente em suas letras bastante filosóficas e exotéricas e no significado de seu título, Verdugos, que significa "Carrascos", ao qual também esconde uma mensagem filosófica no qual as vezes em nossas vidas nós somos os nossos próprios carrascos, pois fazemos julgamentos alheios contra o próximo de forma egoísta e também somos julgados. Banda nacional veterana que dispensa comentários, apresenta aqui um trabalho impecável, bastante gostoso de se ouvir, brincando com outros elementos e estilos que vão além do Heavy/Doom/Stoner, ouso dizer que ele brinca um pouco até mesmo com o Prog Rock e com o Trash. Disco recomendadíssimo. O álbum se encontra disponível nas plataformas digitais como Spotify, Deezer e YouTube e também possui mídia física disponível para compra.



Midgard - Verdugos

Selo: Som do Darma

Lançamento: 02 de novembro de 2024

Número do Faixas: 9 músicas 

Duração: 50 minutos e 14 segundos aproximadamente


1 - Another Day

2 - Last Sanctuary 

3 - Pearls to the Pigs

4 - Midnight Rainbow 

5 - Psy- Code- Hellika

6 - Nocturnal Storm 

7 - Crying at the Party 

8 - Silent Song

9 - Wild Walkers 


Membros:


F.L.Y. (Vocal/Baixo)

Omar Rezende (Guitarra)

Paula Jabur (Vocal)

Julio "Tio Chico" Della Togna (Bateria)

Miño Manzan (Teclados)


Links:


https://open.spotify.com/album/7uZlIeqvk4ubtEW8yJJdiO?si=OUkM_zNdQrGIlH13Y_CPoA


Comentários

  1. Parabéns Guilherme, sempre detalhista, excelente resenha que terei todo o prazer em ouvir, continue firme com seu maravilhoso trabalho, Bang Your Head meu amigo.

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